Bem-vindos de volta a Ni no Kuni. Nesse vídeo, vou
falar sobre o filme From up on Poppy Hill. Esse é um dos filmes mais recentes
do Studio Ghibli e foi dirigido pelo Miyazaki, mas não pelo Hayao, e sim por
seu filho, Goro Miyazaki.
O filme pode ser encaixado na categoria
"realista" dos filmes do Ghibli. Não tem nada de fantástico no filme,
do mesmo jeito que o Sussurros do Coração, que eu já comentei antes. E assim
como esse outro filme, é uma história de amor.
São basicamente dois conflitos do filme. O primeiro
é a história de amor entre os dois personagens principais, Umi Matsuzaki e Shun
Kazama. Antes de falar do segundo conflito, vou falar sobre a primeira
personagem, a Umi, que se não me engano chamam de Mer. Ela é uma colegial que
assume o comando da casa na ausência da mãe (que estava nos Estados Unidos
estudando) e do pai (que morreu na Guerra da Coreia). A família tem uma
hospedaria, onde ela mora e também ajuda a cuidar dos negócios. Todo dia, Umi
iça uma bandeira náutica, como que sinalizando a casa dela, por algum motivo
que só descobrimos ao longo do filme.
Um dia, na escola vê um grupo de garotos fazendo
coisas estranhas. Um deles sobe em um telhado e se joga de lá caindo na
piscina, sendo fotografado por outros garotos. Umi vai ajudá-lo e rola aquele
misto de atração com certa negatividade por sua atitude. Esse garoto é Shun
Kazama, o editor do jornal do Quartier Latin, uma série de clubes de estudos da
escola. Esse clube está ameaçado, o presidente da escola querendo demolir o
prédio que já está bem desgastado, mas que os membros do Quartier Latin querem
preservar. Aquele evento, onde Shun se jogou na piscina, fazia parte de uma
campanha para preservar o clube.
Umi acaba se envolvendo com Shun e fica sabendo
sobre a questão do prédio. Decide então ajudar como pode, ajudando no jornal e
depois na limpeza do prédio, chamando algumas amigas e dando uma bela limpeza
no prédio.
Ao longo do filme, vai nascendo uma paixão entre
Umi e Shun. Um dia, Umi mostra uma foto de seu pai para Shun e isso o incomoda.
Ele demora para falar sobre os motivos e então mostra a mesma foto para Umi e
diz que eles podem ser irmãos. Fala com seu pai e ele confirma que o pai de Umi
é também seu pai. Ele tenta se manter afastado de Umi, mas não consegue e ela
diz que quer ficar junto com ele mesmo que sejam irmão, meio-irmãos ou seja o
que for.
Então, temos esses dois conflitos: a preservação do
clube e o romance complicado entre Umi e Shun. No primeiro, após restaurar o
prédio, vão os dois e mais o presidente do conselho estudantil (Shirō Mizunuma)
vão à Tóquio falar com o presidente da escola. Ao mesmo tempo, a mãe de Umi
retornou para casa, ouve a estória de Umi e então fala com um homem estranho.
Será que o prédio será salvo? Será que Umi e Shun ficarão juntos? Assista o
filme e descubra!
Bom, minha opinião sobre o filme. Está longe de ser
dos meus favoritos. Nenhum dos dois conflitos me empolgou muito, apenas um
pouco na história de amor quando descobrimos o grande obstáculo que começa a
ficar interessante. Por isso, achei um filme bem entediante, mas o bom é que só
tem uma hora e meia de duração.
Os personagens também não são muito carismáticos e
em momento algum eu chego a simpatizar com algum ou mesmo me importar com seus
destinos. Em um filme em que o foco do enredo é a relação entre os personagens,
esse é um grande problema. Eu achei interessante a parte da Umi ficar içando a
bandeira, que é algo que o seu pai ensinou a ela e que ela continua fazendo
como que orientando o seu pai. Ele morreu na Guerra da Coreia com uma bomba
explodindo em seu barco, mas o corpo não foi encontrado, então ela parece ter
alguma esperança de que ele esteja vivo, embora isso só se reflita no ato dela
ficar içando a bandeira. Achei interessante isso, mas não me fez gostar tanto
assim da Umi.
Uma coisa que me impressionou foi a qualidade da
animação, algo que me chamou a atenção também no Vidas as Vento, lançados dois
anos depois. Tem uma cena em que a Umi vai ao açougue que eu fiquei realmente
impressionado com o nível de detalhes. Com isso, fico curioso para ver os
próximos filmes do Ghibli, com ou sem o Hayao Miyazaki.
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