domingo, 13 de julho de 2014

From Up on Poppy Hill




Bem-vindos de volta a Ni no Kuni. Nesse vídeo, vou falar sobre o filme From up on Poppy Hill. Esse é um dos filmes mais recentes do Studio Ghibli e foi dirigido pelo Miyazaki, mas não pelo Hayao, e sim por seu filho, Goro Miyazaki.

O filme pode ser encaixado na categoria "realista" dos filmes do Ghibli. Não tem nada de fantástico no filme, do mesmo jeito que o Sussurros do Coração, que eu já comentei antes. E assim como esse outro filme, é uma história de amor.

São basicamente dois conflitos do filme. O primeiro é a história de amor entre os dois personagens principais, Umi Matsuzaki e Shun Kazama. Antes de falar do segundo conflito, vou falar sobre a primeira personagem, a Umi, que se não me engano chamam de Mer. Ela é uma colegial que assume o comando da casa na ausência da mãe (que estava nos Estados Unidos estudando) e do pai (que morreu na Guerra da Coreia). A família tem uma hospedaria, onde ela mora e também ajuda a cuidar dos negócios. Todo dia, Umi iça uma bandeira náutica, como que sinalizando a casa dela, por algum motivo que só descobrimos ao longo do filme.

Um dia, na escola vê um grupo de garotos fazendo coisas estranhas. Um deles sobe em um telhado e se joga de lá caindo na piscina, sendo fotografado por outros garotos. Umi vai ajudá-lo e rola aquele misto de atração com certa negatividade por sua atitude. Esse garoto é Shun Kazama, o editor do jornal do Quartier Latin, uma série de clubes de estudos da escola. Esse clube está ameaçado, o presidente da escola querendo demolir o prédio que já está bem desgastado, mas que os membros do Quartier Latin querem preservar. Aquele evento, onde Shun se jogou na piscina, fazia parte de uma campanha para preservar o clube.

Umi acaba se envolvendo com Shun e fica sabendo sobre a questão do prédio. Decide então ajudar como pode, ajudando no jornal e depois na limpeza do prédio, chamando algumas amigas e dando uma bela limpeza no prédio.

Ao longo do filme, vai nascendo uma paixão entre Umi e Shun. Um dia, Umi mostra uma foto de seu pai para Shun e isso o incomoda. Ele demora para falar sobre os motivos e então mostra a mesma foto para Umi e diz que eles podem ser irmãos. Fala com seu pai e ele confirma que o pai de Umi é também seu pai. Ele tenta se manter afastado de Umi, mas não consegue e ela diz que quer ficar junto com ele mesmo que sejam irmão, meio-irmãos ou seja o que for.

Então, temos esses dois conflitos: a preservação do clube e o romance complicado entre Umi e Shun. No primeiro, após restaurar o prédio, vão os dois e mais o presidente do conselho estudantil (Shirō Mizunuma) vão à Tóquio falar com o presidente da escola. Ao mesmo tempo, a mãe de Umi retornou para casa, ouve a estória de Umi e então fala com um homem estranho. Será que o prédio será salvo? Será que Umi e Shun ficarão juntos? Assista o filme e descubra!

Bom, minha opinião sobre o filme. Está longe de ser dos meus favoritos. Nenhum dos dois conflitos me empolgou muito, apenas um pouco na história de amor quando descobrimos o grande obstáculo que começa a ficar interessante. Por isso, achei um filme bem entediante, mas o bom é que só tem uma hora e meia de duração.

Os personagens também não são muito carismáticos e em momento algum eu chego a simpatizar com algum ou mesmo me importar com seus destinos. Em um filme em que o foco do enredo é a relação entre os personagens, esse é um grande problema. Eu achei interessante a parte da Umi ficar içando a bandeira, que é algo que o seu pai ensinou a ela e que ela continua fazendo como que orientando o seu pai. Ele morreu na Guerra da Coreia com uma bomba explodindo em seu barco, mas o corpo não foi encontrado, então ela parece ter alguma esperança de que ele esteja vivo, embora isso só se reflita no ato dela ficar içando a bandeira. Achei interessante isso, mas não me fez gostar tanto assim da Umi.

Uma coisa que me impressionou foi a qualidade da animação, algo que me chamou a atenção também no Vidas as Vento, lançados dois anos depois. Tem uma cena em que a Umi vai ao açougue que eu fiquei realmente impressionado com o nível de detalhes. Com isso, fico curioso para ver os próximos filmes do Ghibli, com ou sem o Hayao Miyazaki.

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