domingo, 13 de julho de 2014

Pompoko




Bem-vindos de volta a Ni no Kuni. Nesse vídeo, vou falar sobre o filme Pompoko, que não foi dirigido pelo Hayao Miyazaki, e sim pelo Isao Takahata, o mesmo diretor do Túmulo dos Vagalumes.

Não farei um resumo tão detalhado do enredo, primeiro porque não acho tão bom, segundo porque são vários eventos menores e dispersos, fica difícil resumir em maiores detalhes sem falar um por um, e terceiro porque temos pouco tempo nesse vídeo para falar sobre o filme. Mas basicamente o filme conta a história de uma comunidade de guaxinins que tem seu lar, a floresta, destruída por humanos na construção de uma cidade.

Mas não são guaxinins quaisquer. Eles são capazes de se transformar em qualquer coisa e usam esse poder para lutar contra os humanos, luta no sentido de tentar proteger a floresta, enganando e assustando os humanos para isso. No folclore japonês, animais como gatos, raposas e guaxinins podem se metamorfosear. O filme cita esses três animais, não sei se tem mas. Além de mudarem de forma dessa maneira, eles podem, longe dos olhares dos humanos, ficarem em duas patas e falar como os humanos. Não são todos os guaxinins que podem trocar de forma, no entanto.

O enredo é basicamente esse. O que não gostei é que é muito "inocentes animais da floresta" contra "cruéis e malvados humanos". O filme tenta muito fazer essa ligação emocional com o espectador de forma a fazê-lo torcer para os guaxinins. Cada um pensa o que bem entender a respeito desse conflito, mas eu acho que seria muito mais artístico e menos panfletário uma abordagem mais equilibrada do que a adotada por esse filme. No Mononoke Hime, por exemplo, adota esse tipo de atitude e coloca o conflito de maneira mais apropriada sem tomar lados.

Indo para o final do filme, a cidade acaba sendo construída e vários guaxinins assumem forma humana e passam a viver entre os humanos. Isso foi uma sugestão de uma raposa, que também perdeu a casa para os humanos e resolveu se juntar ao inimigo.

O filme é bem estranho para os ocidentais. Há várias referências ao folclore japonês que o espectador ocidental fica sem entender. Também há em outros filmes do Ghibli com essas referências, mas acho que no Pompoko isso fica mais esquisito. Quem prefere que as coisas sejam bem racionais e tudo faça sentido, vai odiar esse filme.

Tem várias cenas bonitinhas, tem um casalzinho de guaxinins e tudo o mais, só que eu acho esse um filme menos mágico do que outros do Ghibli. A única cena que é realmente mágica é a chamada Guerra Fantasma, quando os guaxinins, liderados por três anciões, aparecem na cidade com vários truques mágicos para mostrar que eles estão lá e meio que pedindo para que saiam. Uma das armas dos guaxinins foi a superstição, eles assombrando os humanos para que eles se assustassem. Porém, a Guerra Fantasma falhou.

Como eu disse antes, não curti muito esse filme, pela sua abordagem muito Capitão Planeta em um estúdio que produziu o Mononoke Hime e também pela falta de outros atrativos. Tirando a questão ideológica, sinceramente acho que o filme tem pouco a oferecer, temos muitos filmes mais bonitos e mágicos do Studio Ghibli do que esse.

Esqueci de falar no vídeo anterior onde eu assisti o Sussurros do Coração. Passou na TV a cabo no ano passado, talvez retrasado, uma maratona de filmes do Miyazaki e do Ghibli. Eu gravei e só assisti hoje. Talvez ainda passe de vez em quando na TV a cabo, mas não tem no Netflix. Tem a venda para DVD, mas só a versão americana.

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