domingo, 13 de julho de 2014

Meu Amigo Totoro




Nesse vídeo, vou falar sobre o filme Meu Amigo Totoro, ou Meu Vizinho Totoro na tradução do título que fizeram em inglês. Esse filme foi dirigido pelo Hayao Miyazaki e foi o primeiro filme do Studio Ghibli propriamente dito.

Todos os filmes do Ghibli que eu falei nos vídeos anteriores podem ser resumidos em uma palavra ou uma ideia chave, pelo menos no que se refere ponto mais forte do filme, na minha opinião. Mononoke Hime é não-maniqueísta. Nausicaa tem uma excelente protagonista. Vidas ao Vento é um filme muito bonito, Túmulo dos Vagalumes muito triste, e, por isso, bonito, mas de um modo diferente. O Chihiro eu diria que é mágico, não que outros filmes do Ghibli não sejam também.

O Meu Amigo Totoro eu diria que é um filme muito gostoso de assistir. É um filme bem infantil, mas que pode agradar também plateias mais adultas. E não acho que apele para algo específico da infância dos adultos, pelo menos não para as plateias não japonesas. Acho que consegue tocar a nossa criança interior, por assim dizer. É um filme super leve, não tem exatamente um conflito no filme, só duas tensões que eu falarei mais para frente.

Vou falar mais sobre o enredo, que é até bem banal. O filme conta a história de duas irmãs, Mei e Satsuki, que se mudam para uma vila no interior do Japão junto com o pai para ficarem mais perto da mãe delas, que estava internada em um hospital, e essa é uma das tensões do filme que eu estava falando.

Lá pelas tantas, as irmãs veem coisas estranhas na casa e quando exploravam os arredores a irmã menor, Mei, encontra um bicho estranho na floresta. Parece um urso, é enorme, gordinho e tem uma cara simpática. Esse é o Totoro, que virou uma figura símbolo do Studio Ghibli, sendo o próprio logo do estúdio. Totoro é uma forma de escrever troll, não troll na linguagem de internet, e sim a figura folclórica que aparece em várias histórias.

Mei adormece sobre o Totoro e é encontrada dormindo em um bosque. Ela conta a história para os demais, e ninguém acredita nela e se não me engano ela própria pensa que poderia ter sonhado com isso.

Em outro dia, enquanto esperavam o ônibus, Mei e Satsuki encontram o Totoro, que também estava esperando um ônibus. Ela oferece o guarda-chuva de seu pai, que era um pouco pequeno demais para o Totoro, mas ele agradece e dá um pacote cheio de sementes em gratidão. Até que chega o ônibus do Totoro, o Nekobasu, Neko sendo gato em japonês e suponho que basu seja ônibus (bus). Ele oferece uma carona no gato-ônibus para as garotas e as leva para casa.

Depois, elas plantam as sementes que ganharam do Totoro. Um dia, elas veem o Totoro dançando e tocando flauta em volta das sementes e elas se juntam a ele. As plantas crescem como mágica e o Totoro as leva para o topo da árvore. No dia seguinte, são encontradas dormindo no local onde estavam plantadas as sementes.

O quadro de saúde da mãe das duas piora. Elas têm uma discussão e depois Mei desaparece. Ela estava levando uma espiga de milho para a mãe, que ela acreditava que ia ajuda-la a se recuperar, mas acabou se perdendo pelo caminho, e essa é a segunda tensão no filme, que de resto é bem isento de conflito e de tensão. Todo mundo procura por ela, sem sucesso, até que Satsuki entra na floresta no mesmo ponto onde Mei tinha ido em seu primeiro encontro com o Totoro.

Lá, Satsuki encontra o Totoro e a bordo do gato-ônibus vão os dois até onde Mei estava, perdida na estrada. Depois, as duas vão até onde a mãe delas está internada. Lá, veem o pai delas, que tinha ido visitar a esposa. Elas não mostram que estavam lá, mas deixam a espiga de milho que Mei tinha ido levar.

Nos créditos, onde vão aparecendo também algumas imagens, o final feliz, com a mãe recobrada e a família vivendo feliz.

Pelo enredo, dá para perceber que é um filme bem levinho nos seus temas e também com elementos mágicos e estranhos, como o ônibus-gato e o próprio Totoro. E vamos convir que o enredo não é lá muito intrigante, as personagens são bem menos interessantes do que outras criadas pelo Miyazaki, mas é um filme delicioso de assistir, como eu tinha mencionado antes. É cheio de pessoas boas, em situações inofensivas e com alguns elementos mágicos bem emocionantes.

Destaque também para a música, com uma música tema bem filme infantil, mas que é bacana mesmo assim. Uma música legal é a O Caminho do Vento, prefiro até a versão instrumental. Uma música bem parecida é a A Enorme Árvore da Floresta de Tsukamori, que toca na cena em que o Totoro e as garotas dançam para as plantas crescerem. De memória, acho que essa é a cena mais bonita do filme e correspondentemente essa é a música mais bonita. Vou deixar na descrição do vídeo as duas músicas e mais uma versão para o Caminho do Vento do Flute Ninja, versão em Shakuhachi, a flauta japonesa.

Em suma, o filme é bem infantil, não se nega isso, não tem o melhor enredo ou os melhores personagens, mas é uma delícia assistir mesmo assim e tem o mascote do Studio Ghibli nele.

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